segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PFG/AI

Colegas da Caixa,

Entendo que nosso tópico central é a Isonomia, mas quero compartilhar uma preocupação especial com o novo PCC (agora chamam de PFG) que está sendo apresentado pela empresa, por acreditar que seja do interesse de todos.
Primeiro que quando a Caixa dá linhas gerais de alguma coisa, para fechar depois da greve, geralmente ela conta com a desmobilização natural pós-campanha salarial para impor condições menos interessantes para nós. Sendo assim, acredito que o ideal seja que exijamos um maior detalhamento do PFG durante a greve.
Segundo, e mais objetivamente importante neste momento, uma nova rubrica divulgada: o Adicional de Irredutibilidade.
"5. Irredutibilidade salarial para função de mesma jornada, enquanto a pessoa permanecer na função. Criação da parcela AI – adicional de irredutibilidade, para os casos de redução do valor do piso de mercado;"
Quando "passamos o olho", parece ser uma coisa boa, que nos garante a manutenção do salário. Mas se prestarmos mais atenção no que está implícito, soa muito mal.
Nunca tivemos rubrica equivalente a tal parcela. E o valor de piso de mercado das funções, salvo engano, nunca foi reduzido unilateralmente pela Caixa.
O que a empresa parece pretender com este AI é passar a poder promover tal redução unilateral. Hoje, sem o adicional, uma redução de valor de piso de mercado configura uma redução direta nos salários de quem tem uma determinada função, o que certamente causaria problemas internos e jurídicos para a empresa. A nova "parcela AI" passa a ser, então, uma "muleta": quem já tinha uma determinada função passa a receber a rubrica, que garante a irredutibilidade, e daí para frente, os funcionários que vierem a assumir qualquer função receberão o valor já reduzido pela Caixa. Mas estes não terão como reclamar de redução.
Ou seja: a parcela AI aumenta o poder da Caixa em diminuir indiretamente nossos salários.
Não podemos aceitar essa novidade! Vamos exigir maior detalhamento sobre o PCC/PFG, e, sobretudo, não vamos fechar acordo com parcela AI!

Abraços!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Hora de Agir!




Colegas,

Está na hora de agir. Na maior parte dos sindicatos, a assembléia para definir a greve será amanhã à noite. É na assembléia que colocamos nossas intenções para o todo da categoria, e passamos democraticamente, através do voto, das idéias para as ações.
Em Salvador a Assembléia será às 19 horas no Ginásio de Esportes do Sindicato, nos Aflitos. Quem estiver em outras cidades, se informe do local da assembléia e participe.

Vamos à luta!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Carta de Salvador

Isonomia Já!


Nós, bancários pós-98 dos bancos públicos federais, reunidos na cidade de Salvador no dia 22 de agosto de 2009, por ocasião do II Encontro Interestadual pela Isonomia, promovido pela Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, viemos através deste documento nos dirigir ao conjunto da categoria e às entidades sindicais e associativas.

É sabido por todos que na década de 90 os bancos federais encontravam-se na iminência de sua privatização por conta das políticas neoliberais implementadas pelo governo FHC. Na época, com o intuito de reduzir o “custo com pessoal”, o Departamento das Estatais editou as Resoluções 10/95 e 9/96 que retiraram direitos para os novos bancários, achatando ainda mais nosso poder aquisitivo, que já fora vítima das corrosões inflacionárias do período com a política de arrocho salarial.

De lá para cá, os pós-98 já se consolidaram como maioria dos empregados dessas empresas, totalizando cerca de 100.000 pessoas. Entendendo que o fortalecimento dessas instituições passa necessariamente por uma revalorização dos seus trabalhadores, com o intuito de criar uma carreira permanente, em que não percamos conhecimento e capacidade de bons funcionários para concursos mais atrativos e até para empresas privadas, propomos a criação de um Movimento Nacional pela Isonomia.

O Movimento Nacional pela Isonomia é supra-sindical e supra-partidário. Sem discriminações em relação a posicionamentos ideológicos, nosso movimento pretende incorporar as mais diversas correntes de pensamento em torno de uma causa maior. Qualquer entidade ou associação é bem vinda na incorporação das bandeiras que visam a retomada de direitos dos pós-98. Não pretendemos nos posicionar nas eleições internas dos sindicatos e associações, e desejamos ver a bandeira do Movimento Nacional pela Isonomia presente nas plataformas de todas as chapas e Centrais Sindicais.

Entendendo a importância dessas entidades e da luta coletiva, tencionamos estimular a adesão dos novos nos sindicatos e associações, como forma de compromisso em lutar pela causa, que é uma causa de todo bancário. Corrigir distorções não é bom apenas para os novos – é também para os que ingressaram antes de 98, porque reforça a luta por ampliação de direitos, e extingue o constrangimento de trabalhar ao lado de colegas que possuem menos direitos, causando a percepção de que os mais antigos são funcionários “caros”, e os mais novos “genéricos”.

Não faz parte das nossas reivindicações a eliminação do Tempo de Serviço como elemento diferenciador da remuneração. Entendemos que tal evolução é legítima, desde que percebida através dos Planos de Cargos e Salários – não com perda de direitos.

Além do da luta direta, nosso movimento buscará influenciar a aprovação do Projeto de Lei 6259/2005 do Deputado Federal Daniel Almeida (PCdoB/BA) e do Senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), pressionando os parlamentares para que agilizem sua votação.

Concebemos os bancos públicos como importantes ferramentas indutoras do desenvolvimento nacional, estando a serviço do povo brasileiro, devendo praticar as menores tarifas, as menores taxas de juros, reduzir os spreads, e funcionando, desta forma, como reguladores de mercado.

Nos últimos anos alcançamos conquistas pontuais em relação à isonomia. No entanto, com a força de mobilização do segmento pós-98 demonstrado nas últimas greves, avaliamos que é chegada a hora de dar um ponto final a esta injustiça. A direção dos bancos públicos, ao negar sistematicamente a nossa pauta, desafia a participação dos pós-98 nos movimentos da categoria.

Confiando na responsabilidade histórica e em nossa tarefa de manter erguida a luta dos bancários, nos colocamos à disposição para fazer a transição nos espaços dos trabalhadores. Sem revanchismos. Não queremos substituir os mais antigos, mas nos somar àqueles que acreditam na possibilidade de mudança em nosso país.

Na certeza de que esta Carta vai ecoar por cada uma das agências e locais de trabalho deste Brasil, contamos com sua participação neste movimento para resgatarmos a dignidade de ser “bancário”, derrotando o atraso em busca de nossos sonhos.

“...mas quero que esse canto torto,

feito faca, corte a carne de vocês...” (Belchior)

Salvador, 22 de agosto de 2009

Movimento Nacional Pela Isonomia nos Bancos Públicos

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um novo instrumento!

Colegas,

Estamos estreando um novo blogue, uma nova lista de mensagens, e em breve uma nova distribuição de materiais para aumentar a consciência e a adesão à luta pela ISONOMIA.
Nosso direito é previsto na constituição, e não deveríamos nem precisar estar brigando por isso. Afinal, nenhuma lei ou norma do DEST ou de onde for pode se sobrepor a uma garantia constitucional.
Mas estamos submetidos a esta situação injusta há vários anos e, se não agirmos, ninguém fará por nós.

Amanhã deveremos ter a primeira mensagem ao grupo, e a publicação da "Carta de Salvador", confeccionada após o IIº Encontro pela Isonomia ocorrido em Salvador, com importantes lideranças de diversos locais do Brasil!

Vamos espalhar essa idéia! Vamos reforçar a luta! Já que nessa campanha salarial o ganho será provavelmente limitado, por conta do índice pedido de 10%, foquemos em ter avanços substantivos na isonomia!

Abraços, e vamos à luta!